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Estudo apresenta 3 vacinas contra ebola com resposta imune duradoura

30 Out 2018 - 15h00Por EFE
Estudo apresenta 3 vacinas contra ebola com resposta imune duradoura - Crédito: Arquivo Crédito: Arquivo

Um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene (ASTMH) revelou que três vacinas experimentais contra o ebola, sendo uma utilizada para combater o atual surto do vírus na República Democrática do Congo, conseguiram gerar uma resposta imune duradoura e que persiste por pelo menos dois anos e meio.

A pesquisa, que foi divulgada ontem no encontro que acontece em Nova Orleans (Estados Unidos), também pode ajudar a acelerar o desenvolvimento de vacinas contra outras doenças com potencial epidêmico.

De acordo com a professora e imunologista Katie Ewer, da Universidade de Oxford, o estudo avaliou a duração do efeito através de exames sanguíneos de voluntários humanos saudáveis que tinham recebido uma das três vacinas há mais de dois anos. Essa análise mostrou que as três vacinas ainda estavam produzindo anticorpos contra o vírus do ebola dois anos e meio depois da imunização.

Uma das vacinas, desenvolvida pelo grupo farmacêutico Merck, está sendo utilizada na República Democrática do Congo, onde um surto de ebola que começou há quase três meses na região noroeste do país já contabiliza 266 possíveis casos, incluindo 168 mortes, segundo os números oficiais mais recentes.

De acordo com Ewer, que trabalhou na pesquisa com profissionais da Universidade de Glasgow, as descobertas servirão para decidir “qual estratégia deve ser usada para uma proteção duradoura, por exemplo, de trabalhadores da saúde em áreas de risco contínuo”.

Durante o surto que aconteceu entre 2013 a 2016 na África Ocidental, as equipes médicas não tinham a opção de se vacinar, e essa foi uma das razões pelas quais foi tão difícil conter a propagação do vírus. Muitos desses trabalhadores tinham grande exposição ao contágio e morreram depois de serem infectados por pacientes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), naquela epidemia de ebola pelo menos 11.300 pessoas morreram e mais de 28.500 se contagiaram.

Agora, conforme Katie, é preciso observar se a permanência da resposta pode melhorar quando uma dose de reforço é administrada depois de três ou quatro anos da imunização inicial.

“Estudaremos isto em um trabalho adicional no ano que vem no Reino Unido e no Senegal”, detalhou.

Além desse aspecto, o estudo apresentou algumas evidências de que uma das plataformas de vacinas utilizadas para o ebola pode ser adaptável à luta contra outras doenças virais letais. Atualmente, o Instituto de Pesquisa de Vacinas Edward Jenner, da Universidade de Oxford, trabalha com enfoque similar para desenvolver imunização contra três doenças: a infecção causada pelo vírus Nipah, a Febre de Lassa e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio.

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