As cartas que denunciaram José Carvalho foram escritas por dois presidiários mortos durante a rebelião do dia 1º de janeiro: Gezildo Nunes da Silva e Alciney Gomes da Silveira.
Nelas, os detentos diziam estarem sendo vítimas de perseguição por parte de José Carvalho porque o diretor saberia que alguns detentos conheciam a sua suposta ligação com a FDN.
"Querem nos tirar [da ala segura do presídio] só pelo fato de nós internos sabemos (sic) que eles são corrupto e recebem dinheiro da facção FDN, facilitando a entrada de armas, drogas, celulares", diz um trecho da carta.
Em nota, a SEAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) do Amazonas informou que abriu uma sindicância para apurar a as acusações contra José Carvalho.
Desde o início do ano, o sistema prisional do Amazonas vive uma crise após uma série de rebeliões que resultaram na morte de pelo menos 60 presos. As mortes, segundo investigações preliminares, teriam sido praticadas por integrantes da FDN com o objetivo de eliminar rivais do PCC (Primeiro Comando da Capital).