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Dívidas superam R$ 23 milhões e deixam 34 mil com “nome sujo

14 Abr 2018 - 07h26
Comércio de Dourados registra endividamento dos consumidores. Pesquisa nacional mostra que a reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica, como emprego e renda - Foto: Marcos Ribeiro
 - Comércio de Dourados registra endividamento dos consumidores. Pesquisa nacional mostra que a reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica, como emprego e renda - Foto: Marcos Ribeiro -
As dívidas do consumidor douradense estão gerando um "rombo" de mais de R$ 23.8 milhões no comércio. Os dados são do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) fornecidos pela Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced). De acordo com o serviço, no mês de março o número de negativações quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 1.572 dívidas negativadas em 2017 contra 3.088 em 2018, um aumento de 96,4%. No total do primeiro trimestre, foram R$ 5.962 negativações em 2017 contra 6.602 em 2018, um aumento de 10,7%, que gera um total de R$ 6.7 milhões no comércio somente esse ano.

Outro dado importante e que demonstra o cenário de crise econômica, é que o número de dívidas pagas diminuiu nesse primeiro trimestre. Ao todo, foram 4.5 mil exclusões do SCPC em 2017 contra apenas 3.287 esse ano, 26,9% a menos. Em valores, o total de dívidas pagas em 2017 foi R$ 4,2 milhões contra R$ 3.7 milhões em 2018. Entre 2016 e 2017, a dívida no comércio subiu de R$ 18,5 milhões para R$ 23 milhões.

Mesmo tendo diminuído o total de dívidas em 10%, os números mostram que elas foram contraídas com valores maiores. Levando em conta os dados nacionais, o volume de consumidores registrados em cadastros de inadimplentes acelerou pelo sexto mês seguido e cresceu 3,13% no último mês de março na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos absolutos, aproximadamente 62,1 milhões de brasileiros encerraram o primeiro trimestre de 2018 com restrições no CPF para fazer compras a prazo ou obter empréstimos e financiamentos, por exemplo.

Os dados foram apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o crescimento da inadimplência reflete o quadro de dificuldades econômicas que as famílias ainda enfrentam, apesar do fim da recessão, como aumento do desemprego e queda da renda. "Embora o número de inadimplentes tenha crescido neste primeiro trimestre, o ritmo de alta é menor do que o verificado em momentos mais agudo da crise financeira. Mesmo com a lenta recuperação econômica em curso, as famílias seguem enfrentando dificuldades para honrar seus compromissos em dia. A reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que diz respeito ao bolso do consumidor, como emprego e renda, que são variáveis que têm apresentado uma tímida melhora", explica.

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